A depressão: sinais e sintomas

A depressão pode afetar negativamente muitos aspectos da vida de uma pessoa. Ela pode comprometer a saúde física, incluindo o padrão de sono, o desejo sexual e o apetite, a motivação, a atenção, os relacionamentos e a produtividade no trabalho. Em conjunto, isso tudo gera um resultado negativo na vida das pessoas de forma generalizada. A depressão pode fazer a vida parecer sem graça e problemática. Indivíduos que sofrem de depressão, muitas vezes, se sentem abandonados e não têm esperança de melhoria de sua situação. O fato de a depressão poder afetar negativamente muitos aspectos da vida das pessoas faz com que encontremos pessoas afetadas de formas diferentes pela depressão. Essa característica é um grande complicador para o diagnóstico, uma vez que não existe um padrão do transtorno, ou seja, as formas em que a vida das pessoas é afetada variam, e isso dificulta a existência de uma referência. Outro fator complicador para o diagnóstico é o fato de que a depressão pode coexistir com outros problemas saúde. Assim, a depressão pode se esconder atrás de outras doenças e não ser identificada, continuando a afetar o quadro negativamente.

Antes que os sintomas possam denunciar a presença de um transtorno ou doença, sinais que indicam alterações podem ocorrer. Inclusive, quando estes sinais são identificados é o melhor momento para se tomar as necessárias providências, pois o transtorno ou doença ainda não se instalou ou se agravou. Alguns dos indícios que indicam um primeiro alerta de uma futura ou iminente depressão são: acidentes frequentes associados a comportamentos de grande risco; manifestação de desejo de sumir ou morrer; sofrimento exagerado e desproporcional por perdas ou frustrações menores; sentimento de envergonha, fracasso ou derrota de forma constante; necessidade exagerada e aumentada de carinho e atenção; variação de humor repentino e não justificado; queda do desempenho nas atividades de trabalho, estudo, esporte ou outras; aumento da agressividade, principalmente com a família; sair de casa em horários não esperados e ameaçando abandonar a família; dar presentes valiosos e abandonar ou dar objetos com os quais tinha cuidado e apego.

Após esse estágio inicial, o processo evolui para a instalação do transtorno ou doença e os sintomas aparecem. É através da identificação de sintomas específicos que os profissionais de saúde diagnosticam seus pacientes e, para tanto, existem manuais médicos que relacionam transtornos e doenças com os seus respectivos sintomas. Um desses manuais é o DMS-IV-TR da Associação Psiquiátrica Americana. De acordo com esse manual, o diagnostico de depressão pode ser dado quando uma pessoa apresenta alterações com pelo menos cinco dos sintomas abaixo, pelo período de duas semanas ou mais, estando entre os sintomas humor deprimido ou perda de interesse ou prazer. Os sintomas listados no manual são: 1- Humor deprimido na maior parte do dia; 2- Perda de interesse ou prazer em quase tudo; 3- Perda ou ganho significativo de peso ou aumento ou diminuição do apetite; 4- Aumento ou diminuição do sono; 5- Agitação ou lentidão de pensamentos e movimentos; 6- Cansaço por falta de energia; 7- Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada; 8- Dificuldade de pensar, se concertar ou tomar decisões; 9- Pensamentos frequentes de morte ou tentativa de suicídio.

Os sintomas podem variar muito de uma pessoa para outra; sintomas fortes para algumas pessoas podem estar ausentes em outras. Entretanto, alguns autores apontam que uma base comum que pode ser a maneira como a pessoa se sente em relação a ela mesma e como percebe a qualidade e a satisfação de sua vida. A avaliação criteriosa dos sintomas é muito importante para o tratamento, pois pode influenciar a condução do processo. Quando os sintomas são bem identificados torna-se mais fácil encontrar as melhores estratégias para o tratamento como um todo.

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